Eduardo
Candeias conta sua própria história. Ele é um jovem de vinte e cinco
anos, estudante universitário e uma ameaça pública. Os crimes cometidos
por ele são esmiuçados em seus requintados detalhes de crueldade e os
anos vividos pelo homicida durante seu cárcere, num hospital
psiquiátrico, são lembrados com minúcias de horror. A possível revelação
de um segredo guardado por sangue, mentiras e interesses obscuros
promete estremecer as bases da sociedade carioca. Após a morte suspeita,
um nebuloso suicídio, do Decano da Catedral Metropolitana do Rio de
Janeiro, uma série de mortes cinematográficas aproxima um jovem inspetor
da polícia civil, uma psicóloga junguiana e uma freira católica das
mais curiosas e chocantes cenas de crime. Selando o início da jornada de
homicídios, a morte do professor francês Auguste Janot, morto sob o
antigo ritual do consolamentum numa igreja beneditina, configura-se como
o primeiro aviso de Eduardo Candeias, um homem asfixiado pela
insanidade. Lutando contra uma mente brilhante e entorpecida; a freira
católica Luzia, a psicóloga Catarina D'Ambros e o policial Carlos
Antunes Jordão desbravam o universo fi losófi co de Platão, tentando
decifrar códigos e dar cabo da missão doentia do homicida. Num
emaranhado de suspeitas, vingança e luta pelo poder, Irmã Luzia constata
que não pode confiar em ninguém, nas autoridades públicas cariocas nem
na psicóloga e parceira de investigação, Catarina D'Ambros, que se
esforça para esconder o passado, que a liga diretamente ao homicida.
Sozinha e sob constante ameaça do assassino, a religiosa precisa usar
seu conhecimento para impedir que a cidade carioca sofra as
consequências de um impiedoso jogo político, que abrange a campanha
eleitoral ao governo do estado do Rio de Janeiro, no qual poucos podem
vencer e muitos inocentes devem morrer.
Será que ela conseguirá?