Em
tempos estranhos, em que há uma retomada de tais e quais sentimentos
que já nos pareciam superados e que carregam consigo, entre tantas
outras falaciosas contradições, a crença de que a questão ambiental deve
ser tratada como obstáculo, como impertinente abstração, espreitam-nos
dois grandes perigos: de que uma nação e uma qualquer sustentabilidade
possam ser construídas com fundamento exclusivo naquele suposto mérito
individual e individualista, que arranca o que quer, excretando os
rejeitos de sua ambição tão mesquinha quanto burra. Este o primeiro. O
segundo é ainda pior. De que a questão ambiental, afora seus inúmeros
usos comerciais, um dia vingou e se estabeleceu. Esta obra, perscrutando
o passado pela crítica de afamada norma ambiental, intenta (entre
tantas outras pretensões) demonstrar que não.
Já
que o que hoje se observa é apenas aquele movimento de retorno e
extravasamento que confunde tosca ignorância, egoísmo e agressividade
com presença de espírito, honestidade e transparência, quem sabe
(otimismo infundado, que seja) desconstruindo aquela mentira e aplicando
o que desta rescisão resultar em nosso atual contexto - tão enganoso -
alcance-se uma verdade.