No
um do um de nenhum existe o alto País do Isopor que sempre vai rumo ao
nada, que é tudo. Dentro da deslumbrante Colina de Papel fica a Cidade
de Papel que finalmente fica dentro do isolante-térmico País do isopor.
Neste lugar mágico, certo dia, foram parar um imenso sorvete feito de
cascalho de trigo com cremosa cabeça redonda de mozzarella lambuzada
de menta e um descomunal torpedo de explosivo corpo alongado feito de
atomatada massa de tomate temperado. Lá chegando, encontram Clarenvaldo,
o feliz feiticeiro feito de fitas finas de flexível papel, com seu
cavalo de gelado e escuro corpo de Pepsi-Cola... salgada-estalada crina
de batatas fritas... e suculentos cascos de sanduíche recheados de
queijo, presunto e maionese. Então, o feiticeiro os convida a fazer
Viagens do Por Aí.
Então,
montados no louco cavalo Pepsi-Cola Cola-Pepsi, os três conhecem: o
País do Isopor todo leveza, com seu brilhoso céu incolor envernizado de
isopor... solo transparente acolchoado de isopor com embolados sacos
plásticos, eles ouvem as Falantes Vozes Faladas que nunca falavam nada,
mas que sempre respondem tudo o que lhes é perguntado... a Cidade de
Papel nada mais era do que um imenso campo com solo de papelão, onde
cresciam os Papelins-Capins, pastavam os Cavalos-Gelatina... os Olhares
de Cílios-Bar... a Colina de Papel que era tão alta e distante de tudo
quanto se pudesse estar, onde flores, pássaros e besouros isoporados
fogem (todas as manhãs) na forma de bolotas móveis de poliestireno... os
Marcianos-Bichos-Miolos-Flores. Enquanto fazem as maravilhosas viagens
montados no cavalo de Pepsi-Cola, o Sorvete e o Torpedo vão ensinando
coisas sobre a Guerra do Vietnã a Clarenvaldo que, cada vez mais
envolvido no contexto do conflito, passa a procurar um fórmula
anti-guerra que torne o mundo feliz.