Um
sapato que aperta, incomoda, machuca, limita. Alguém gostaria de usar
um sapato desses? - Ninguém! No entanto, permanecemos muitas vezes
presos a situações e comportamentos que agem da mesma forma. Parece que
não somos livres. - Mas nós somos livres, sim! Donos de nossos passos e
responsáveis por nossas escolhas. Não, não é perigoso ser feliz. O
perigo está em sermos dependentes de tantas coisas que nos incomodam.
Paralisados na mesmice de padrões, que nos impedem de mudar.
Sapato Apertado fala sobre o estado de dependência, e em suas entrelinhas, nos diz que podemos e devemos ser felizes. Sem medo.
Talvez
a nossa maior missão neste mundo, seja o exercício responsável de
vivermos plenamente, despertos e não entorpecidos por enganos de coisas
que só produzem um prazer temporário e cada vez mais curto. Um estado de
ilusão que nos afasta de interagir com o outro. Fechado em sua concha
de onipotência o Ser adoece e murcha.
É
preciso olhar atentamente para a capa deste livro e ver que os cadarços
dos sapatos estão soltos, não existem nós, apenas laços. Os nós são
amarras que aprisionam, laços libertam e, acima de tudo, podemos manter,
apertar ou desfazer os laços.
Fui
enlaçado por esse livro há mais de 20 anos. Do livro, nasceu a peça
teatral de mesmo nome. Tive o privilégio de participar da montagem da
mesma no papel do Pai do Márcio. Quanta coisa não escrita, descobrimos
quanto estudamos o texto da peça.
Obrigado
Ana Campello, amiga e irmã de décadas. Te conhecer e partilhar de tua
amizade provocou uma mudança radical na minha vida.
Vos
convido a voar pelas páginas deste livro no exercício de nossa
plenitude e liberdade, na magia de um sapato encantado, um sapato
falante...
Cesar Sabença Cruz